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Essa tal carência

  • Natalia D'Abreu Alvarez
  • 1 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Em plena era da tecnologia, a carência tem tido um sobressalto importante. Estamos cada vez mais conectados e ao mesmo tempo mais isolados, mais introspectivos. O celular “bomba” de mensagens, facetime, whatsapp, mas no contato “face to face” parece que ocorre um bloqueio. A fantasia de companhia que o mundo online oferece, acalenta o sujeito e lhe traz tranquilidade, com a proteção de uma tela. Ao mesmo tempo que se procura a conexão, busca-se a privacidade da casa, do quarto... é uma lógica contraditória que se instala. Algumas pessoas te contam a vida inteira depois de um simples “como você está?”, já outras, publicam a intimidade no facebook.

A necessidade de contato e preenchimento dos vazios internos aumentou, a carência afetiva parece estar em alta. Algumas pessoas que se “bancam” de independentes e bem resolvidas, mas no fundo, guardam a 7 chaves, suas carências, como se mostrá-las fosse algo para fracos. Outras pessoas se envolvem afetivamente, pelo simples fato de alguém se preocupar com elas... e tem as que possuem relacionamentos simbióticos: “sou tão você que sinto falta de mim mesmo.” Tendem a achar que as suas necessidades serão atendidas pelo outro, o que é um grande engano. São pessoas comuns, que cercadas de informações e exigências, as vezes se sentem atordoadas, confusas e exaustas... com isso, a angústia interna, só tende a aumentar, e quanto maior ela for, maior será a sensação de vazio e maior a necessidade de preenchimento. Alguns a preenchem com trabalho, outros com relacionamentos, comida, drogas, redes sociais e as possibilidades são muitas...

Essa carência afetiva influência na autoestima dos sujeitos, tornando-os cada vez mais inseguros e ansiosos. Na tentativa de dar conta dessas sensações e sentimentos, publica-se a vida na rede, e se compartilha a dos outros. Existe uma profunda preocupação com o olhar do outro. O impulso é mostrar à rede a sua importância, e os likes e comentários, irão aliviando a angústia e lhe dando legitimação, valor e reconhecimento. Quem tem mais likes é mais popular, mas quem é mais feliz?


 
 
 

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