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A falta que me faz

  • Natalia D'Abreu Alvarez
  • 1 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Você já pensou nas características que você considera fundamentais em um parceiro? Já deu a “sorte” de encontrar alguém como todas essas características, e mesmo assim a relação não fluir, algo não bater? Não é apenas o encontro com o que idealizamos que faz a relação acontecer. Às vezes falta química, outras vezes reciprocidade, ou ainda você percebe que aquelas características nem eram tão importantes assim. A química pode ser incrível, mas muitas vezes, fica só na cama, pois a relação fora dela fica inviável. São múltiplos os fatores que interferem em uma relação... química, carinho, disponibilidade, projetos de vida, afeto, desejo, mas para que a relação se desenvolva, é necessário o reconhecimento da falta.

A noção de incompletude é fundamental, pois é ela que permitirá a entrada do outro. Quem se acha completo e autossuficiente, não precisa de mais nada. Não falo em disputa entre os sexos, falo de reconhecimento da diferença, e não só da diferença de gênero. Eu sei que as exigências sociais são gigantescas, e que os avanços da tecnologia contribuem para essa crença de que podemos tudo... Cada vez mais ouvimos o papo de que homens e mulheres são completos. Acredito que todos são inteiros por si só, mas essa fantasias de completude, e que não precisam de mais ninguém, só tende a dificultar e impedir futuros relacionamentos. A tecnologia, foi criada para nos auxiliar, e não para nos substituir. A própria inseminação artificial veio como uma possibilidade de ajudar casais a realizarem seus sonhos, e não para se distanciarem e criarem a falsa ilusão de que não precisam mais um do outro. Quem acredita ser onipotente, não sabe se relacionar, e não sabe amar. Se não há falta, não há o que desejar, e se não há desejo, o outro pode ser facilmente dispensado.



 
 
 

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